Juntava as letras alheia a quais iam sendo escolhidas e à palavra que delas se ia adivinhando. Letra a letra os meus dedos juntaram o teu nome. De início a medo, incertos na razão daquela letra e na conclusão da palavra que ela ia desvendar. Depois, como que ansiosa procurava a próxima. Aquela que me aproximava cada vez mais de ti. De seguida, calma no confronto da última letra que terminaria o teu nome, completei-te. Juntei aquela última letra e lá estavas tu perante mim. Rasgado a letras na folha branca que chamava o teu nome.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
sábado, 18 de outubro de 2008
.há coisas assim #4.
Filme | La Tigre e la Neve de Roberto Benigni
Música | You Can Never Hold Back Spring de Tom Waits
.amores que matam #2.
Eu estava calada. Os olhos bem abertos, impertinentes de pestanas raiadas de atenção e aquele brilho que não se distingue se de emoção se pelo fumo dos muitos cigarros que passeavam pelos meus dedos. Não consegui dizer nada. Opinar também sobre o amor como os outros a medo começavam a fazer. As palavras da Dona Rosa tinham-me invadido, dançavam agora na minha cabeça já atulhada de pensamentos.
Passaram-se uns minutos e falava-se agora de livros, de amor já que era a Dona Rosa quem liderava. Disse-me que gostava muito que lesse um livro cujo título não me recordo. Um qualquer título que se assemelhava a “os amores que matam”. Era escrito por uma psicóloga. Nunca gostei de livros escritos por psicólogos, sempre desconfiei das suas palavras demasiado embebidas num certo esgar de preciosismo de quem sabe mais que os outros. No entanto, naquele momento aquele pareceu-me o melhor livro para ler. Esbocei o meu melhor sorriso e amavelmente disse à Dona Rosa que o leria com todo o gosto.
Não cheguei a comprar o livro e a Dona Rosa não mo chegou a oferecer. Mas comigo ficou a certeza que também eu, quando tiver 80 anos vou querer ser assim. Ter um amor que mata para contar com a certeza que o soube amar.
Passaram-se uns minutos e falava-se agora de livros, de amor já que era a Dona Rosa quem liderava. Disse-me que gostava muito que lesse um livro cujo título não me recordo. Um qualquer título que se assemelhava a “os amores que matam”. Era escrito por uma psicóloga. Nunca gostei de livros escritos por psicólogos, sempre desconfiei das suas palavras demasiado embebidas num certo esgar de preciosismo de quem sabe mais que os outros. No entanto, naquele momento aquele pareceu-me o melhor livro para ler. Esbocei o meu melhor sorriso e amavelmente disse à Dona Rosa que o leria com todo o gosto.
Não cheguei a comprar o livro e a Dona Rosa não mo chegou a oferecer. Mas comigo ficou a certeza que também eu, quando tiver 80 anos vou querer ser assim. Ter um amor que mata para contar com a certeza que o soube amar.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
.recordações.
Recordo-me ainda de ti. Recordo-me do nosso amor esdrúxulo como gostava de lhe chamar. Dizias que não soava bem, preferias chamar-lhe miami. Parecia-te uma palavra mais simples como quem diz "olá".
Gostavas de um café forte de manhã quando acordavas, com aquele sorriso a rastejar. Beijavas-me, dizias "bom dia" e eu ficava para ali dispersa entre a tua saliva e o meu coração sangue vivo.
.houve um tempo.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Subscrever:
Mensagens (Atom)