quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

.a estranha.

Sempre fora assim. Calada e observadora. Gostava de passar horas sem dizer nada enquanto olhava as outras pessoas. Pensava nas vidas delas, nas pessoas a quem quereriam bem. De vez em quando, conseguia até imagina-las a fazer amor ou a morrer. Duas ideias de certo estranhas e opostas mas tão frequentes nos seus pensamentos. Mas preferia assim. De certa maneira, as vidas dos outros ocupavam-na para que não tivesse de pensar na sua própria. Na vida dos outros não havia precipício, não havia ócio, não havia fome. Havia só ela que as observava como quem sabe e gosta, ali ao pé de tanta gente. E foi sem pensar em si e no que os seus olhos ocultavam quando olhava os outros que percebeu. Afinal o que importa é fugir para não magoar e para não deixar magoar e depois voltar como se nada fosse.

1 comentário:

Joana Amorim disse...

GUIDINHA,
que mudança radical foi esta? ainda por cima nao me avisaste :(
estuuuuupida!!!
vinha ver as bolhinhas de magia e sae-me umas BOLHONAS liiiindas.
como estas tu, princess? :D
miss uu